Integrantes da Comissão Especial de Vereadores “Mogi Mais Viva/ Empreendedorismo” estiveram reunidos para debater sobre mais um segmento relacionado à Lei 6.334/2009, conhecida como Mogi Mais Viva. Desta vez, o tema discutido pelos parlamentares foi a utilização de comunicação em outdoors, totens – a chamada mídia externa. “Esta reunião, na verdade foi agendada a pedido de publicitários e donos de empresas que realizam este tipo de comunicação em Mogi e outras cidades do país. Eles queriam apresentar à CEV algumas propostas e dificuldades enfrentadas com a Lei Mogi Mais Viva. Como o objetivo da Comissão é debater a Lei de maneira democrática e transparente, nada mais justo que atender a este pleito”, justificou o presidente da CEV, vereador Francimário Vieira, o Farofa (PR). Além dele, também participaram do encontro os vereadores Antônio Lino da Silva (PSD) e Diego Martins, o Diegão (MDB). Os vereadores Iduigues Martins (PT) e Marcos Furlan (DEM), presidente da Frente Parlamentar “Centro Mais Vivo” estiveram representados por um assessor.
Marcelo Rodrigues, representante da Central Outdoors, um dos solicitantes da reunião fez uma apresentação de 15 minutos com a síntese do cenário de Mogi após a implantação da Lei 6.339. “A Lei Mogi Mais Viva trouxe muitos avanços, mas também, paralisou a comunicação visual no município. Em dez anos houve muitas mudanças na cidade, do ponto de vista econômico e desenvolvimento e, com isso, perdeu-se a Comunicação Social. O comércio, não tem acesso a diferentes mídias de publicidade”, contestou Marcelo, que se diz “favorável “a pequenas mudanças”. “Nossa intenção é apresentar sugestões que surtam bom efeito, que auxiliem na condução da comunicação à sociedade, especialmente nos bairros adjacentes e periferia. Isto é : levar o produto à comunidade com mídia externa ou mobiliário público com contrapartidas da iniciativa privada”, sugeriu . “Estamos pensando na modernidade da cidade; em coisas pequenas” reforçou Charles Bonafé, proprietário da empresa de outdoor Produtiva. O publicitário Fernando Martins, da agência F. Martins, concordou. “Nesses dez anos da Lei houve muita mudança na cidade e na comunicação. O digital é o modelo mais usual. É preciso fazer mix de mídia. E isto não está previsto na Lei Mogi Mais Viva por isso, defendo a atualização da lei”, disse.
“O Centro Histórico seria intocável. Talvez com um ou outro mobiliário público em parceria com a iniciativa privada, como por exemplo, um abrigo de ônibus pago pela iniciativa privada, com informações e sistema Wi-Fi” reiterou Marcelo, citando modelos de PPP empregados na Argentina. “Estaríamos dentro da lei, mas com grande impacto na questão de levar condição de perspectiva de o comércio se comunicar, sem poluir”, defende o representante da Central Outdoor;
Outro ponto apresentado pelos publicitários foi a ampliação de pontos para fixação de outdoors. “Existem corredores novos que surgiram e estão surgindo após a Lei Mogi Mais Viva e que não estão sendo liberados pelo poder público. É um tipo de comunicação efetiva e postos de trabalho que deixam de ser gerados”, argumentou Charles Bonafé. De acordo com a Central Outdoors antes da regulamentação existiam mais de uma centena deste tipo de mídia externa e atualmente são 38. “Se considerarmos a população da cidade de mais de 400 mil habitantes esse volume de outdoors na cidade é irrisório”, criticou Marcelo Rodrigues.
Na avaliação dos vereadores, membros da Comissão Especial, “há pontos apresentados pelos publicitários que podem ser adequados à legislação de 2009”. Um novo encontro deve ocorrer nas próximas semanas. “Vamos fazer um debate técnico e levar ao prefeito algumas propostas. Queremos fazer um trabalho dinâmico e efetivo”, finalizou Farofa.
[awesome-gallery id=1169]